terça-feira, 14 de abril de 2009

Chuva Ácida


A chuva ácida é um fenômeno regional e ocorre na mesma região que gera os poluentes que a causa. Por isso mesmo a incidência é grande nas regiões altamente industrializadas e mais densamente povoadas.

A chuva ácida é causada pela presença de gases, principalmente óxidos ácidos de enxofre e nitrogênio, que saem das chaminés industriais e são solúveis em água. Misturados à água presente no ar, hidrolisam formando ácidos que caem sobre a terra juntamente com a chuva.

A chuva não afetada pela atividade humana é pouco ácida, tendo pH em torno de 5,7. Esta acidez baixa é devida à presença de ácido carbônico, H2CO3, formado pela dissolução de CO2 em H2O. Estes níveis de acidez não são prejudiciais ao meio ambiente.

Os poluentes mais sérios na chuva ácida são os ácidos fortes.

Entretanto, não são apenas as indústrias que poluem com estes gases. As grandes cidades, com seus inúmeros carros, também são importantes produtoras de chuva ácida.

Dentro dos motores a combustão dos automóveis, são atingidas temperaturas muito altas, suficientes para que ocorra reação entre o nitrogênio e o oxigênio da atmosfera, formando o gás NO:

N2 (g) + O2 (g) ------> 2 NO (g)

O óxido nítrico, NO, não é muito solúvel em água, mas pode ser oxidado no ar formando dióxido de nitrogênio:

2 NO (g) + O2 (g) ------> 2 NO2 (g)

O NO2 reage com água formando ácido nítrico e óxido nítrico:

3 NO2 (g) + 3 H2O (l) ------> 2 H3O+ (aq) + 2 NO3- (aq) + NO (g)

A legislação brasileira já exige que os carros mais novos sejam equipados, já durante a fabricação, com catalisadores que reduzem o nitrogênio do NO a N2. Este último gás é um importante componente natural do ar e é muito pouco reativo.

O dióxido de enxofre, SO2, é produzido como sub-produto da queima de combustíveis fósseis, isto é, derivados de petróleo. Ele pode se combinar diretamente com água, formando um ácido fraco, chamado ácido sulfuroso, H2SO3:

SO2 (g) + 2 H2O (l) ------> H3O+ (aq) + HSO3- (aq)

Além disso, na presença de material particulado e aerossóis do ar, o dióxido de enxofre pode reagir diretamente com o oxigênio atmosférico e formar trióxido de enxofre, que, por sua vez, produz ácido sulfúrico e água:

2 SO2 (g) + O2 (g) ------> 2 SO3 (g)

SO3 (g) + 2 H2O (l) ------> H3O+ (aq) + HSO4- (aq)

O ácido sulfúrico é um ácido forte especialmente prejudicial ao solo porque causa a retirada dos íons de cálcio. A maioria dos solos possui partículas de argilas que são circundadas por íons inorgânicos, inclusive Ca2+. Entretanto os íons de cálcio das argilas podem ser substituídos pelo cátion de hidrogênio liberados pelo ácido sulfúrico. Neste processo também se forma sulfato de cálcio que é insolúvel em água. Desta forma, o cálcio não mais circula no ambiente, deixando de estar disponível no solo para ser usado pelas plantas. Este cálcio retirado do solo não é substituído. As plantas sofrem com a sua falta e as florestas são afetadas.

O controle das emissões de óxidos ácidos deve ser exercido continuamente de modo a melhorar e manter a qualidade de vida da humanidade, sem perda das nossas heranças naturais.

Andréia Melo

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Santo Sudário


O Sudário de Turin é um pano de linho, com 4 metros de comprimento. Tem uma imagem apagada, cor de palha, de um corpo de homem adulto, de constituição média, que aparentemente foi crucificado (marcas nas mãos e pés). Registros históricos situam o sudário em 1350, mas nos últimos 600 anos generalizou-se a afirmação de que esta é a mortalha de Jesus Cristo. Nos últimos anos foram feitos numerosos ensaios químicos e de outras naturezas com pequeninos fragmentos do tecido. A conclusão geral é de que a imagem não foi pintada no tecido por qualquer método convencional, embora não se possa dizer, exatamente, como foi impressa. Recentes progressos nos métodos de datação radioquímica levaram a novo esforço em 1987-1988, para estimar a idade do tecido. Com datação pelo carbono quatorze, mostrou-se que o linho de que foi feito o sudário prosperou entre 1260 e 1390 d.C.. No entanto, outros estudos foram realizados, levando-se em conta, um incêndio que ocorreu por volta do século XII, no qual o sudário foi exposto, sendo assim a datação por C14 foi influenciada por este incêndio, sendo observado nos novos estudos que o tecido era datado por volta dos primeiros séculos depois de Cristo, sendo assim, é possível que o tecido seja o mesmo que cobriu Cristo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009


Thomas Graham (Glasgow, 18051869) foi um químico britânico, conhecido por suas pesquisas na difusão de gases e líquidos na química dos colóides.

Estudou nas universidades de Edimburgo e de sua cidade natal. Ensinou química em Glasgow e no University College da Universidade de Londres. Desde 1855 até sua morte foi diretor da Real Fábrica de Moeda.

Graham demonstrou que a velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade, relação conhecida na atualidade como lei de Graham. No campo da química dos colóides foi o primeiro a distinguir entre estes e os cristalóides. Descobriu o método da diálise para separar os colóides de uma série de soluções.

domingo, 5 de abril de 2009

gabarito

gabarito de hoje!
fisico quimica
6. 8,5 g\l
7. c
8. d
9. V F F F V

orgânica
7. d
8. b
9. a
10. d
11. d

Do que são feitos os adesivos que brilham no escuro?

Os adesivos que brilham no escuro geralmente são feitos com sulfeto de zinco. Quando o sulfeto de zinco é exposto à luz, graças à sua configuração eletrônica, os elétrons das camadas mais externas absorvem a luz e são excitados para camadas etetrônicas ainda mais externas. Quando apagamos a luz deixamos de fornecer energia aos elétrons, que aos poucos vão retornando às suas camadas eletrônicas iniciais. Durante esse retorno (que pode durar horas), eles devolvem a energia que absorveram na forma de luz. Esse fenômeno se chama fosforescência.
Alguns modelos de relógios têm detalhes fosforescentes que nunca perdem o brilho mesmo quando são deixados vários dias no escuro. Isso acontece porque o material fosforescente desses relógios está misturado com um pouco de material radioativo, que funciona como uma fonte de energia para provocar a fosforescência. Além da fosforescência, existe um outro fenômeno, chamado de fluorescência. Diferentemente das substâncias fosforecentes, os compostos fluorescentes deixam de emitir luz assim que são colocados no escuro. Podemos observar a fluorescência quando vamos a uma discoteca
Todo mundo que está de roupas brancas fica "brilhando" no escuro graças as lâmpadas de luz negra, que é uma lâmpada de luz ultra-violeta. Quando a luz negra é desligada, o brilho da roupa desaparece. A nossa roupa brilha sob luz negra por causa de um aditivo dos sabões em pó que usamos. Esse aditivo é usado para termos a impressão de que a roupa está "mais branca do que branca", pois ele absorve a radiação UV e emite como uma luz azulada. Outras substâncias fluorescentes que podemos encontrar são a água tônica e a urina. É por isso que não tem luz negra nos banheiros das discotecas. Quando a emissão de luz de uma substância é provocada por uma reação química ela recebe o nome de quimioluminescência.
Curiosidade:Esse fato da florescencia tá mais atual do que imaginamos no ano de 2008 a Primio Nobel foi para um japonês e dois americanos,Osamu Shimomura, Martin Chalfie e Roger Tsien dividirão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3 milhões), pela descoberta e por estudos feitos para o uso da proteína verde fluorescente.Desde então, a proteína se tornou uma das mais importantes ferramentas científicas. Com a ajuda da GFP, pesquisadores desenvolveram técnicas para observar processos que anteriormente não podiam ser vistos, como o desenvolvimento de células nervosas no cérebro ou como o câncer se espalha pelo corpo, verificar danos promovidos pela doença de Alzheimer em células nervosas . Graças à marcação fluorescente é possível observar movimentos, posições,interações de proteínas específicas,processos quimicos ao mesmo tempo.

Jéssica Oliveira.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nosso PH Bucal.





Mais um final de semana se aproximando, e relativamente é comum relacionarmos com diversão, se tem diversão, tem festa, e se tem festa é bom dar um “check up” na aparência, um belo sorriso e uma saúde bucal é fundamental. E acredite até nisso, a química está inserida. Na nossa saliva existe a presença do potencial hidrogeniônico, mais conhecido como – pH.
Devemos isso graças aos alimentos que ingerimos e ao seu devido comportamento, a fermentação do bolo alimentar produz ácidos, por exemplo, as bactérias existentes em nossa saliva fermentam os carboidratos dos alimentos produzindo ácido lático, essa reação leva a uma diminuição do pH da boca, ele fica abaixo de 4,5 (ácido).
Nossos dentes são compostos basicamente por um mineral hidroxiapatita – Ca5(PO4)3OH, e apesar da sua estrutura óssea , a reação de ácidos com hidroxiapatita dá a origem a sais solúveis em água, dissolvendo o referido mineral, favorecendo o aparecimento de pequenas cavidades nos dentes.
Podendo até se tornar uma “dor de cabeça” se a pessoa tiver bulimia (distúrbio provocado pela ingestão de alimentos seguida de vômito induzido), onde o ácido clorídrico existente no estômago é eliminado junto com o vômito, levando a uma queda no pH presente na boca,chegando na escala de 1,5 – muito ácido
Para evitar a corrosão dentária, nada melhor que a aplicação habitual de flúor. Os íons fluoreto (F-) presentes no flúor transformam a hidroxiapatita em fluorapatita (substância ideal por ser menos solúvel em ácidos).Mas o flúor sozinho não faz milagres, o ideal é manter uma escovação correta e o uso diário de fio dental, fundamentais para uma boca saudável.

Débora Oliveira.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Como Seu Corpo Reage aos Refrigerantes?

Primeiros 10 minutos: 10 colheres-de-chá de açúcar batem no seu corpo, o que significa: 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo porque o ácido fosfórico corta o gosto.

Passados 20 minutos: o nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura. (É muito para esse momento em particular.)

Passados 40 minutos: a absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.

Passados 45 minutos: o corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como a heroína.)

Passados 50 minutos: o ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina.

Passados 60 minutos: as propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina. Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, dos quais seus ossos precisariam. Conforme a onda abaixa, você sofrerá um choque de açúcar. Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas que farão falta ao seu organismo.
Daniel Vasconcelos

a quimica a bordo dos ônibus espaciais


A atmosfera

Os ônibus espaciais devem carregar tudo que necessitarão durante uma missão, desde combustível até o ar que será respirado pelos astronautas. No caso do ar, são necessários equipamentos que purifique a atmosfera dentro da nave, retirando o gás carbônico, CO2, produzido. Essa reciclagem da atmosfera é feita através de várias reações de óxido-redução.

Em missões curtas, todo o oxigênio é armazenado e não precisa ser regenerado. Somente o CO2 necessita ser removido. O dióxido de carbono é removido através de uma reação com hidróxido de lítio:

CO2(g) + 2 LiOH(s)
Li2CO3(s) + H2O(l)

Mas por que hidróxido de lítio e não outro hidróxido de metal alcalino? Pelo fato de o hidróxido de lítio ter a menor massa molar. Um subproduto desta reação é a água, que pode ser utilizada nos sistemas de refrigeração da nave.

Em missões longas ou a bordo de estações espaciais, o oxigênio precisa ser regenerado. Um meio de se remover o gás carbônico e gerar oxigênio é a reação com superóxido de potássio:

CO2(g) + 4 KO2(s)
2 K2CO3(s) + 3 O2(g)

Em missões realmente muito longas, como a permanência em estações espaciais, outros processos de reciclagem de oxigênio precisam ser usados para um aproveitamento total dos recursos da nave. O dióxido de carbono pode reagir com hidrogênio, produzindo água:

CO2(g) + 2 H2(g)
C(s) + 2 H2O(l)

O carbono produzido é utilizado em filtros para remover os odores da cabine (imagine o cheiro que deve ser dentro de um lugar onde as pessoas ficam meses trancadas e o banho é uma toalha úmida). O oxigênio e o hidrogênio podem ser gerados através da hidrólise da água:

2 H2O(l)
2 H2(g) + O2(g)

Para hidrolizar a água é preciso energia elétrica, que é fornecida através de painéis solares, localizados na parte externa da nave. Por este método, tudo o que é produzido é reaproveitado, aumentando a autonomia da missão.

Os combustíveis

Ao contrário dos automóveis, que são movidos pelo calor gerado dentro do motor, os veículos espaciais são movidos pelo impulso gerado pelos gases produzidos durante a combustão. E ao contrário dos automóveis, as naves precisam levar tanto o combustível quanto o oxidante. Em um ônibus espacial, aqueles dois foguetes laterais que podemos ver durante o lançamento estão cheios de combustível sólido. Esse combustível é formado por alumínio em pó (o combustível), perclorato de amônio (o agente oxidante, que também é um combustível) e óxido de ferro III (um catalisador). Estas substâncias são misturadas a um polímero e formam uma pasta, que é então injetada dentro dos tanques dos foguetes. Durante a decolagem de uma nave, uma das reações que ocorre é:


Fe2O3

3 NH4CLO4(s) + 3 Al(s)

Al2O3(s) + AlCl3(s) + 6 H2O(g) + 3 NO(g)

Quando estes tanques ficam vazios,cerca de 3 minutos após a decolagem, eles são ejetados e uma equipe de resgate recupera-os no mar, para utilizá-los em missões futuras.

Depois de serem ejetados, entra em operação os motores da nave e eles passam a queimar o combustível que fica armazenado naquele tanque laranja, preso embaixo do ônibus espacial. Dentro desse tanque ficam armazenados hidrogênio e oxigênio líquidos, que quando queimam produzem vapor de água:

2 H2(l) + O2(l) 2 H2O(g)

Nas viagens à Lua, as naves das missões Apollo usaram outros tipos de combustíveis, pois hidrogênio e oxigênio são muito efusíveis, e os motores movidos à combustíveis sólidos têm o problema de serem difíceis de desligar e religar. Eram usados então dois líquidos, uma mistura de derivados de hidrazina (predominantemente metil hidrazina) e N2O4, que quando queimavam produziam um enorme volume de gás:

4 CH3NHNH2(l) + 5 N2O4(l)
9 N2(g) + 12 H2O(g) + 4 CO2(g)

Os combustíveis espaciais são geralmente perigosos. A metil hidrazina é um veneno mortal e o N2O4 é muito reativo, sendo armazenado em tanque resistentes à corrosão.

Daniel Vasconcelos