terça-feira, 19 de maio de 2009

Toxicidade e produtos químicos

por: Lorena Fonseca
Atualmente, lemos e ouvimos muito a respeito dos perigos dos “produtos químicos”, resíduos de pesticida nos alimentos, medicamentos de uso controlado (perigosos), etc. Mas desconhecemos o verdadeiro significado de produtos químicos, sendo produtos obtidos a partir de reações químicas naturais ou manipuladas em laboratório.

Nossa vida não é livre de riscos: todos nós enfrentamos riscos a cada dia. Algumas pessoas preferem usar bicicleta a usar carro, mesmo sabendo que com ela a possibilidade de acidente fatal é dez vezes maior por quilômetro percorrido. Outras pessoas decidem fumar cigarro, mesmo sabendo que assim aumentam em 50% as chances de contrair câncer.

Mas e a respeito dos riscos que corremos usando “produtos químicos”? Para avaliar esses perigos usam-se animais de teste (geralmente ratos ou macacos). Os pesquisadores expõem os animais a diferentes produtos e monitoram os seus efeitos. Os dados obtidos com os experimentos são submetidos a várias considerações. Uma substancia prejudicial a um animal determinado será também para o homem? Como uma dose grande para um animal pequeno pode ser convertida em uma dose pequena para o ser humano de massa muito maior?
Já no século XXI o químico e médico suíço Paracelsus: “A dose faz o veneno”. Todas as substâncias, inclusive água e sal de cozinha, podem ser tóxicas a alguns organismos em certa quantidade, e a diferença entre a substância ser benéfica ou perigosa depende da quantidade.
O método-padrão de avaliação acurada da toxicidade de produtos químicos consiste em determinar um valor DL50:dose de uma substancia em gramas, por quilograma de massa corpórea que é fetal (mortal) a 50% dos animais.
Nossa reação aos riscos é fortemente influenciada pelas informações que recebemos. Nos EUA, por exemplo, a detecção de 0,00000001% de clorofórmio na água de uso residencial causou grandes manifestações populares em várias cidade, embora o clorofórmio tenha uma toxicidade menor que a da aspirina, que é usada normalmente.

Diversos alimentos contêm ingredientes naturais muito tóxicos que aditivos sintéticos de alimentos ou resíduos de pesticidas, mas esses ingredientes são desconhecidos porque os alimentos não são muito familiares. A manteiga e a pasta de amendoim, por exemplo, contém pequena quantidade de aflatoxina, um agente cancerígeno muito mais potente do que o ciclamato de sódio, um adoçante artificial não calórico utilizado em diversos alimentos e bebidas e na indústria farmacêutica cujo uso já foi proibido em alguns países, devido o seu risco.
Todas as decisões envolvem uma comparação entre os ricos e os benefícios. Será que os benefícios do uso de um pesticida que aumenta a produção de alimentos compensam os riscos à saúde de uma pessoa entre um milhão delas expostas aos resíduos desse pesticida? Será que os efeitos benéficos de um medicamento novo são mais importantes que os perigos potenciais de seus efeitos colaterais para um pequeno número de usuários? As respostas não são fáceis, nem óbvias, porém é evidente a responsabilidade dos legisladores e o bom censo dos cidadãos.

2 comentários:

Unknown disse...

Arrasoooou . Tinha que ser a Nena mesmo .

Unknown disse...

Ta massa!!!
teve uma ajudasinha minha...
hehe!! to brincando!!!
é minha namorada mesmo!!!